sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano Novo Chegando! Já Escolheu as Suas Cores?

É infalível. Passado o Natal e de volta ao expediente comercial, verdadeiras romarias se formam nas lojas de lingeries, porque todas e todos querem as amarelas, vermelhas e brancas.
De onde veio essa ideia, não sei. Por que as calcinhas e cuecas, muito menos.
Talvez de remoto estudo dos efeitos das cores no ânimo das pessoas, ou de algum outro que ainda não conheço. 
Pelo sim, pelo não, eu sempre providencio umas calcinhas novas para a virada do ano, em todas as cores possíveis. E uso todas ao mesmo tempo, para garantir e não ter dúvida de que no novo ano terei muita paz e prosperidade.  As outras coisas todas também, porque o branco é uma cor que contém todas as outras e aí a saúde também está assegurada, e a harmonia e tudo o mais.
E muito amor (que seja um verdadeiro, por favor, e que ele seja alto, bonito, inteligente, carinhoso e fiel. E também cheiroso e... bem: se ele estiver lendo isto agora, vai saber).

Feliz Ano Novo!

sábado, 18 de dezembro de 2010

My Way

Um dia desses li que caminhar devagar é mais emagrecedor do que as famosas caminhadas atléticas e suarentas. Adorei, porque meu ritmo é calmo e não gosto de correrias. Já basta a do trabalho diário, a que sou felizmente obrigada.
Sábado de sol, fui ver as vitrines. A pé, em homenagem à manhã de primavera. Um pouco mais quente do que o normal aqui nos Campos de Cima da Serra, mas muito boa.

Caminhando calmamente, pude apreciar os delicados enfeites de Natal nas casas, nos prédios e escolas. Novidade por aqui, pois os nativos não eram acostumados a isto. Que bom que estão mudando. Esse gosto pelo Natal e por enfeites traz um certo refinamento à alma. É impossível não se suavizar com a ternura natalina.

Viva o Natal! Viva o nascimento de Jesus! Viva o Papai Noel!






sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Cortina

Mostrava-se à frente da cortina, sem qualquer pudor. Os que por ali passavam viam, perplexos, sem entender o que se passava em sua mente. De onde vinha tanta coragem? Diante da luz, o espelho. Diante de todos, o coração em imagens e sons. Palavras sem medida eram a métrica. A causa e o efeito, ninguém sabia. Enigmas, a sua linguagem. Tinha adeptos, que lhe procuravam decifrar. Sorria das tolas tentativas de interpretação e seguia. Segue até hoje em seu devaneio, para onde foge da vida real, sempre que não a pode suportar.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Concordar

Para algumas pessoas a graça está em ser contestada. Fazem coisas um pouco ou muito fora do padrão, para testar as reações dos outros, e para medirem-se a si próprias.

Nesses casos, o bom é deixar que falem, que façam, que sejam elas mesmas até onde puderem ir. Sem a contestação, sem serem contrariadas, pode ser que parem e reflitam, e cheguem à conclusão de que nada disso é necessário, que são boas assim como são, e que não têm de provar nada para ninguém.

O Sol continuará a brilhar, e a chuva a chover, sem qualquer distinção, sobre todos.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Campeira poesia



Uma das mais belas expressões da alma gaúcha.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A fofoca

Às vezes acontecem coisas meio inexplicáveis. Por exemplo: alguém com quem você sempre se deu bem para de lhe atender, ou passa a lhe olhar atravessado, ou nem olha.
Você não entende nada, fica com raiva, acha o ser em questão um (a) besta e diz impropérios sem que o destinatário ouça, fica com raiva, depois a raiva passa e você fica triste e continua sem entender nada.

Aí tem a Kabbalah, e tem o Ho'oponopono e tem mais não sei quantas coisas para meditar e tudo poder dar certo com essa linda amizade mas a criatura não reage e você fica confuso e aí pode pegar uma gripe, porque a gripe vem da confusão.

Acreditar na bondade das pessoas não lhe impede de considerar a possibilidade de ter havido um julgamento errado, de você ter sido mal interpretado, de alguém ter contribuído para esse julgamento acabar com tudo o que era tão lindo.

Só que quando alguém se interpõe na vida das pessoas com intenção de prejudicar, deve estar bem ciente de que a lei da ação e reação e a da causa e efeito não são derrogáveis.

A física quântica explica muito bem isto. E isto não tem nada a ver com filosofia.

E tenho dito.




quinta-feira, 25 de novembro de 2010

The light that you shine can be seen

Adoro cantar. Até que canto bem, modéstia à parte. E gosto principalmente de cantar dentro do carro, enquanto dirijo. Como me recuso a colocar películas escuras nos vidros, para poder enxergar bem nos dias de chuva e para ser vista nos de sol, seguidamente sou observada com olhares muito espantados enquanto sigo feliz e cantando e dirigindo.
Estou pouco me lixando para o que pensam, ou que pensem. Canto e pronto. A música de hoje é essa aí do vídeo. Adoro. A letra é meio tristinha, mas é em inglês e aí a gente nem sente tanto.



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ho'oponopono da identidade própria

Já ouviu falar?
Método havaiano de cura, baseado no amor.
Você pode saber mais em Limite Zero, de Joe Vitale e Ihaleakala Hew Len.

"Eu sinto muito, por favor me perdoa, eu te amo, muito obrigada."


terça-feira, 23 de novembro de 2010

A raposinha do pequeno príncipe

Uma das coisas que mais gostava na infância era ouvir um elepê da história do Pequeno Príncipe, na casa de sua tia. Sentava-se na cadeira branca de espaldar alto e almofada vermelha e ouvia com atenção. Uma, duas, milhares de vezes. Aprendera a mexer no toca-discos e ali ficava, maravilhada com aquele pequeno planeta em que moravam a rosa e a raposinha, e onde o princepezinho baixou, não se sabe bem como.

Aquele príncipe era cool, mas também precisava aprender muito. E a raposinha era muito esperta. Ela sabia como ensiná-lo, porque lhe tocava o coração. O princepezinho a tudo ouvia, fazia perguntas e sentia que daquele jeito não podia mais ser. Ele precisava dela também. A raposinha não tocava o coração do menininho apenas com esperteza. Era o amor que o tocava. Ele precisava mais de amor do que de tudo o que tinha e a pequena amiga lhe descortinava a verdade de modo suave e terno, envolvendo-o com o amor genuíno que ele não encontrara em nenhum planeta, nem no dele.

A menininha a tudo ouvia, e seu coração também respondia. Naqueles momentos de infância, naquela história infantil que trouxe consigo para toda a vida, aprendeu que seria sempre responsável por aqueles que cativasse. Ela escolheu ser.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A velocidade do tempo

Não quero correr o risco de o trabalho me impedir de escrever aqui. Isto porque é muito tênue a linha divisória entre a dedicação e o que se conhece por pessoa workaholic.
Não quero ser workhalolic, mas isto nem sempre é fácil, pois a demanda de trabalho é uma coisa inimaginável e não só para mim, mas para qualquer pessoa que trabalhe hoje em dia.
O que está acontecendo com o mundo eu não sei. Meu professor do curso de Kabbalah 1 disse que realmente o mundo está girando mais rápido, o que faz com que as coisas aconteçam mair depressa, novas invenções apareçam diariamente, a medicina e a tecnologia avancem a passos largos e o tempo passe sem que vejamos. No começo achei a ideia meio viajandona, mas olha que, pensando bem, ele tem lá sua razão.
Enquanto eu estava em férias o tempo não passava tão rápido assim.
Pode ser que o excesso de atividades dê essa falsa impressão.
Mas isto poderia ser melhor analisado pelo meu amigo Filósofo Amador, que aliás faz tempo que não vejo, mas espero que esteja bem e feliz.




segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Não faltava mais nada

Que os nobres da Idade Média eram muito menos asseados que os índios brasileiros pré-"descobrimento", todo o mundo sabe. Mas o que ninguém esperava, pelo menos eu não, nesses tempos de aumento progressivo de população mundial e vertiginoso desenvolvimento científico e tecnológico, era que alguém fosse levar a sério essa história de que enforcar o banho diário vai salvar o planeta da absoluta falta de água.

Eu, que sou totalmente avessa a reações intempestivas e me esforço bastante para as controlar, desta vez não me aguentei.

Defendo ferrenhamente a economia de água, principalmente no verão, quando parece que as donas de casa e os donos de carros são acometidos de uma síndrome de limpeza crônica, que inclui varrer as calçadas com água todos os dias e os carros nem se fala.

Andava até pensando em escrever sobre o consumo equilibrado. Não mudei de ideia, mas a ela necessariamente devo agregar minha indignação com  o exagero da história do enforcamento do banho.

Primeiro porque sou contra qualquer tipo de enforcamento. Segundo, porque não vejo motivos para que as pessoas andem por aí fedendo para salvar o Planeta, porque esse ou aquele fulano da Inglaterra pré-iluminista fazia assim. Terceiro, porque não sei se é o Planeta que corre o risco real da sede ou alguém aí está querendo levar a nossa água, e o que é pior, o banho nosso de cada dia.

Parece que a resposta a tantos absurdos é sempre a mesma. Equilíbrio. Radicalismo não soluciona nada e se todos usarem de modo racional, todos teremos e não vai ser preciso enforcar o banho nem usar xampu seco.

Um bom feriado a todos os amigos do blog.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Censura ou busca do equilíbrio necessário?

De ontem para cá, três notícias me chamaram a atenção: a de que humoristas, reunidos em seminário, entenderam que o que denominam politicamente correto é uma "caretice" e por isso deve ser rechaçada. A segunda foi a reação de professores de Caxias do Sul a livros enviados pelo MEC para as bibliotecas das escolas, com conteúdo considerado agressivo por conter mensagem de incitação à violência e sexualidade descomprometida. A terceira, foi a de que uma promotora de justiça, entendendo que as cenas de Tropa de Elite 2 são por demais violentas, busca em Juízo a fixação de idade mínima de 16 anos para quem vai ver o filme

O que os humoristas entendem por politicamente correto eu não sei. Fui na Wikipédia e lá está que se trata de política de evitar discriminações ofensivas a pessoas ou grupos. Então pensei: ora, se o respeito ao ser humano, com suas diferenças essenciais e características próprias é uma caretice, em que mundo vivemos? Será que para fazer rir é preciso desmerecer e degradar uma pessoa, pelo só fato de ela não ser como eu acho que deveria? Será que o verdadeiro humor está em depreciar as loiras, os gays, os portugueses e quem mais se atravessar pela frente? 

Outra questão a ser tratada é a dos livros. Literatura oferecida em bibliotecas de escolas públicas para os alunos lerem. Todos sabemos que é preciso incentivar o gosto pela leitura desde os primeiros anos escolares, principalmente quando se trata de crianças e adolescentes oriundos de famílias em que a cultura não é um valor em si, o que é o mais comum de acontecer. Porém, não se pode esquecer que o senso crítico do aluno do ensino fundamental e médio também está em formação, e nesse passo, não se lhe pode dar a ler qualquer coisa, sob pena de se estimular contra-valores, como a falsa percepção de que a violência é coisa corriqueira ou de que o sexo por si só é o que importa.

E a propósito da violência urbana, embora não tenha assistido Tropa de Elite, penso que o dito acima sobre os livros se aplica também a filmes, novelas e demais formas de comunicação em larga escala. E não me refiro especificamente a esta ou àquela produção.

Evidentemente haverão os que, a pretexto da absoluta liberdade de expressão e sob o surrado clichê do repúdio à censura, pregarão em altos brados que tudo deve ser permitido e que as pessoas que não concordam com tal postura são reacionárias, e que são piores ainda as autoridades que tomarem providências. Porém, em nada perde a democracia vigente com a reflexão, e se necessário, com medidas reguladoras, se o objetivo maior for o do equilíbrio e o do bom senso, especialmente quando entre os destinatários das mensagens exibidas ou publicadas estão os de pouca idade, ainda sem condições de distinguir entre o certo e o errado.






terça-feira, 9 de novembro de 2010

Autógrafo em e-book?

Hoje li no jornal que estamos a um passo da popularização dos livros eletrônicos, chamados já carinhosamente de e-books. Na velocidade da luz me veio um pensamento: e o autógrafo? Será uma série de números de certificação digital? Provavelmente possa ser. Ou talvez inventem outra coisa menos impessoal do que os números. Mas se for a certificação digital, será o autógrafo feito automaticamente, ou o pobre mortal poderá encontrar-se com o autor na sessão tão esperada para olhar-lhe nos olhos e dizer seu nome e pedir uma dedicatória, que espero não seja aposta em números na primeira folha do tal book? Não sabemos ainda, mas se tiver a fila e o leitor puder falar com o escritor, mesmo que receba seu autógrafo em números estes não serão impessoais coisa nenhuma, pois terão a energia do amistoso encontro dos olhares, do sorriso, do momento enfim. Agora, se for por senha e pela Internet, danou-se. Porque se é certo que a rede nos ajuda a ter contato com pessoas que estão em lugares distantes, não menos certo é que nada substitui o encontro, o olhar, o toque, o ouvir a voz e o sentir perto.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O valor do silêncio

Em linguagem vulgar, em boca fechada não entra mosca.
Eu hoje não estou para linguagem culta, e muito propensa à autoanálise.
Analisando o já falado, que não pode ser recolhido, veio-me às mãos um texto recentemente estudado, segundo o qual a palavra certa tem momento adequado para ser dita.
Mais redemoinhos.
Grandes indagações humanas, e a grande questão da vida talvez seja essa do momento certo, a pessoa certa, o certo e o errado and everything.
Certo ou errado, a ação é necessária. E não se diga o contrário a áries, que é de pouco refletir.
Antes, porque depois pensa.
As consequências, essas o tempo trará.
E que sejam boas, porque de chatice e esperar já ando farta.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

De verdade

Lindo isso.



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Comprinhas

Felizmente, Buda consagrou o caminho do meio, que é aplicável a tudo na vida, valendo inclusive para a hora de ir às compras. É possível fazer isto com equilíbrio.
Mesmo não sendo nem de longe uma shopaholic, toda mulher gosta de ir às lojas.
Duvido uma que me conteste, com fundamento real.
Logicamente há exceções, como as que por opção de vida renunciam às coisas mundanas. Mas não é delas que falo.
Falo da média das mulheres que, como eu, adora uma loja.
O ato de comprar não se exaure em si mesmo, mas traz consigo uma simbologia bem peculiar, que identifico como a busca pelo novo, por mudanças positivas na vida e nos relacionamentos.
Se compro um vestido novo, ou um sapato (!) a primeira pessoa a quem desejo agradar sou eu mesma, mas me fará bem ser elogiada.
Se compro um novo livro, a leitura me fará crescer como pessoa e minha vida pode ser melhor, mais iluminada. Música, então...
A propósito, preciso comprar uns novos cds.





terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Primeira Presidenta da República que o Brasil elegeu

É sempre bom registrar momentos históricos. Sendo um deles a eleição de uma mulher, pela primeira vez, para o cargo de Presidente da República, vamos lá. Principalmente porque se eu tiver filhos e netos, um dia eles poderão querer saber como foram as coisas nestes dias.
O nome da presidenta eleita do Brasil é Dilma Rousseff. É descendente de búlgaros, nasceu em Minas Gerais e adotou o Rio Grande do Sul como Estado do coração. Aqui viveu e trabalhou. Sua filha ainda reside nestes pagos, onde nasceu, neste ano, seu primeiro neto.
Dilma era uma burocrata e trabalhou em vários setores governamentais, desde a Prefeitura de Porto Alegre até o Palácio do Planalto. Ela própria disse ontem, em entrevista ao Jornal Nacional, que nunca almejou ser a líder máxima do País, ressalvando que fará por merecer os votos que recebeu, que traduzem a confiança da maior parte do povo em si.
Ela já foi presa política nos tempos da ditadura militar. Esteve encarcerada por dois anos e meio. Talvez por causa disto seja defensora ardorosa das liberdades, como a da imprensa, que cumpre seu papel dentro da Democracia instituída.
É uma brasileira aguerrida, que tem boa vontade e coragem.
Resta saber o que o futuro dirá sobre seu trabalho à frente de nosso País continental, que a cada dia cresce e se destaca no cenário internacional.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Don't worry, be happy.


Muitas são as razões que fazem as pessoas se sentirem ameaçadas.

A maior delas, penso eu, é o medo da proximidade.
Em geral, criamos redomas fortes o suficiente para nos proteger do que supomos que possa nos causar algum tipo de sofrimento.
Então arrumamos mil desculpas, dizendo que é por isto ou por aquilo ou que não vale a pena mesmo.
Aprendi que o medo é um obstáculo possível de ser vencido, e que, uma vez ultrapassado, tudo pode ser bom.
Isso inclui amizades.
Don't worry. I'm just sending my light for you.
Sharing.

sábado, 30 de outubro de 2010

Hora de decidir!

Finalmente amanhã votaremos em segundo turno nas eleições presidenciais. Passei todos esses dias observando as opiniões de meus amigos, de conhecidos, de desconhecidos, as pesquisas nos jornais, e confesso que tive muita dificuldade - como ariana que sou - em manter-me em silêncio. Primeiro porque o tema política me interessa muitíssimo. Desde adolescente gosto do assunto. Segundo, porque recebi e-mails de aficionados por ambos os candidatos. A alguns respondi, pois sou da filosofia de que quem diz o que quer merece resposta. Mas muito me impressiona a audácia dos remetentes, que supõem que os destinatários são desprovidos da capacidade de escolher, e que precisam deles - os remetentes, para poder decidir seu voto. O efeito geralmente é o oposto: por repúdio ao conteúdo, quase sempre pouco educado e depreciativo, acaba-se por antipatizar com o sujeito. Pois bem. Amanhã é dia de ligar ao mesmo tempo o rádio, a televisão, a internet, e aguardar pelo início da apuração!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sintonia


Quando eu tinha nove anos, ouvi esta música pela primeira vez. Era tema de uma novela de Gilberto Braga.
João Gilberto a cantava, e sua voz suave falou-me à alma.
Esses acordes me acompanharam desde então, e seguidamente me pego cantarolando esses versos.
Muito seguidamente.
Coincidentemente, desde domingo eu estive procurando um vídeo da minha canção para postar aqui.
Procurava por um diferente, que me encantasse.
Achei em um lugar mágico que descobri há pouco, mas que tenho a sensação de conhecer há muito tempo.
Deve ser por isto que é mágico. 








terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Baal Shem Tov não tinha empregada


Ontem passei o dia todo lavando roupas. Havia chegado de viagem e resolvi dar um jeito eu mesma em minhas coisas.
Gosto de tarefas simples como lavar a roupa, limpar a casa, arrumar gavetas e armários.

Essas coisas são mágicas, porque quando estou nelas fico totalmente envolvida com o que estou fazendo, e minha mente para de tagarelar. É quase como quando estou em frente ao mar.
Arrumar sua própria casa com gosto (quando tem tempo para isto, claro) é uma coisa que traz uma energia incrível.

E hoje descobri que o Baal Shem Tov não tinha empregada. Ouvi numa aula.
Eu adoro as histórias do Baal Shem Tov.
Li pela primeira vez em "A Cabala e a Prática do Misticismo Judaico", de David Cooper.

Cada pequena ação tem significado, mesmo as mais prosaicas.
Tudo é importante e está interligado.



domingo, 24 de outubro de 2010

Animais que conheci neste ano

Cavalo-marinho,
tartaruga-marinha,
tubarão,
ouriço-do-mar,
lagosta,
siri,
goré,
jacaré,
tuiuiu,
colhereiro,
garça.

Adorei os cavalos-marinhos...
Sempre gostei deles. Eram bichos fáceis de desenhar e de pintar.
Quando os vi, fiquei admirando sua delicada natureza, tão perfeita, tão inocente.
A natureza é mesmo perfeita.






quinta-feira, 21 de outubro de 2010

E o santo era de barro

O passeio de catamarã pelo Rio São Francisco foi daqueles de fazer fugirem as palavras, tamanha é a beleza do  lugar.
E eis que chegou a hora das comprinhas.
Comprinhas??? Em pleno Velho Chico??
Sim. Comprinhas.
Visitei uma ilha fluvial bem próxima das pororocas, onde o rio se une ao mar.
Impressionante a força da natureza.
Desci com umas amigas e depois da sessão de fotos e do retoque do filtro solar e de dar um jeito de o chapeu não cair, fomos ver o artesanato local.
O vendedor foi taxativo e não quis saber de me entregar a pequena imagem sem que eu cumprisse o ritual e fosse até a margem do rio, para mergulhar o santo três vezes na água e fizesse um pedido e depois agradecesse duas vezes.
Pois bem. Fui lá.
Todos já sabem que eu tenho uma especial sensibilidade com esses momentos e tal.
Mas naquele dia algo parecia estranho.
Compra paga, hora de voltar ao barco.
O solícito marinheiro a postos para me ajudar a subir na embarcação, ofereceu auxílio, que recusei educadamente. Imaginem só se não vou dar conta de carregar minhas próprias comprinhas e cremes e a máquina e o chapéu e mais a parafernália toda - imprescindível, é claro.
Mas o santo era de barro.
Era de barro e ainda por cima tinha tomado um banho de rio.
Não deu outra: tinha o vento e tinham os degraus e tinha o resto todo e "cleck": a sacola bateu na escada.
Segui viagem, apreciando todas aquelas maravilhas diante dos meus olhos e mais fotos que tenho que postar no blog e essas coisas.
Lá pelas tantas, lembrei-me da dar uma olhada na imagem, para ver se estava tudo bem, já pensando em como carregar no avião depois. Tã-rã: guess what?
A cabeça do santo se quebrou. Humpf!
Logicamente vou restaurar com super bonder e vai ficar igualzinho e ninguém vai saber.
Final feliz, é claro.

Ficaram para mim as entrelinhas.
Talvez seja a hora de parar com a mania de não aceitar ajuda, de tentar fazer tudo by myself.
Talvez deva andar mais devagar com o andor.

"Ou não."






Refletindo...

Procurar, encontrar, identificar, reconhecer.
Coisas todas bem difíceis.
A procura é um estado no qual tudo está em latência. Tudo é incerto e emocionante nessa fase.
Enquanto procuramos, estamos a salvo. Idealizamos e queremos o sonho. Contamos a nossos amigos e compartilhamos.
E é tão fácil sonhar...
Enquanto procuramos o objeto de nossos sonhos, nada pode dar errado: tudo sai como pensamos.
Não há compromisso algum.
Este é o maior perigo: entrar tão profundamente nesse devaneio ao ponto de não reconhecer quando finalmente encontramos.
Porque encontrar faz parte da vida real e é imperfeito.
Redundantemente tem defeitos. Por medo deles, que são concretos, pode ser mais seguro procurar um esconderijo: o silêncio, uma aparente indiferença, distanciamento, um conto irônico.
São formas de proteção. Mas não nos levam para longe de nós mesmos.






domingo, 17 de outubro de 2010

Ares de Aracaju

Não esperava muita coisa de Aracaju, mas estou muito surpresa com o que estou encontrando.
Mares verdes, praias calmas, nada da loucura dos grandes centros turísticos.
Muita simplicidade, que pra ser bem sincera é bem melhor.
A calma do lugar está me contagiando.
E desta vez nem estou tão a fim de furungar nas feirinhas.
Volto assim que puder com mais novidades!


Só deixo o meu Cariri...

Embora não acredite em reencarnação, quando pela primeira vez pus meus pés num forró (o Pirata em Fortaleza, no ano passado), tive a certeza de que, se é que existi em outra vida, fui nordestina.
Um forró é o que há.
E aqui em Aracaju tem um: o Cariri!
Vou lá, para dançar até não poder mais!
Para mim, o forró tem esse poder: sou apenas eu mesma, dançando feliz.
Os terninhos, saltos altos e a sala de audiências estão longe, muito longe daqui...
Fico devendo as fotos.
Outra hora as trago.
Beijos.

sábado, 2 de outubro de 2010

Cores de Primavera

Neste final de semana revi a Serra do Rio das Antas. Tinha passado por lá há menos de um mês e meio, mas o ritmo da vida tem sido tão acelerado que parecia fazer anos que eu não via aquele lugar.


Talvez seja porque, na última vez, não havia quase cores e estava chovendo. Desta vez também choveu, na ida, mas quando voltei percebi as mudanças.

Enquanto viajava, escrevi este texto, que agora compartilho com vocês:

Há os que digam que não se pode traduzir em palavras as emoções que o belo evoca. Ouso discordar, pois as palavras, assim como as cores e os rios, são parte da natureza e com ela fluem consonantes.

E a profusão de tons de verde da Serra Gaúcha é tamanha, que faz pensar sobre como podem estar ali, lado a lado, tão serenamente.

Os claros das primeiras folhas dos plátanos, acinzentados dos elegantes eucaliptos, fortes dos enigmáticos pinheiros, vicejantes dos pinus e fulgurantes da mata nativa enchem a alma de encantamento e contrastam lindamente com as flores que brotam aqui e ali.

Ah... as flores... esta época é a mais linda de todas, pois ainda se veem os amores-perfeitos do inverno com seus alegres matizes amarelos e roxos, enquanto se admira as flores rosas dos pessegueiros e macieiras, e as brancas das pereiras e laranjeiras prenunciando a fartura da colheita que virá.

As azaléias multicores se espalham generosamente em quase todos os jardins, simbolizando o cuidado e o capricho dos moradores da região, e mais do que isto, a esperança de tempos melhores, pois essa flor somente vem na primavera, e durante os outros nove meses do ano sua planta fica apenas verde, por vezes somente em galhos...
Eu adoro azaléias. Sempre gostei. Há três anos plantei uma vermelha em minha casa. É uma planta ainda pequena, mas que me traz alegria, pois singelamente floresce, mesmo que dela eu me esqueça por todo o ano, quando às vezes sequer olho para o jardim, ocupada demais para apreciar-lhe o encanto.





É muito intensa a vida que percebo nesta natureza exuberante do Rio Grande do Sul, nessas montanhas que agora vejo da janela do ônibus, altaneiras e repletas das mais variadas espécies de plantas e provavelmente de pequenos animais e insetos, como as borboletas e as abelhas, que despretensiosamente passeiam de flor em flor, em seu silencioso e lindo trabalho de perpetuação.



A virtude da natureza é a generosidade. Nenhuma outra explicaria tão bem o porquê de tantas belezas ao alcance de nossos olhos...



Tudo isto requer de nós uma atitude amistosa e de respeito com o meio-ambiente, pois dele somos parte.



Fauna, flora, pedras, minérios e micro-organismos, tudo existe para estar em harmonia. Sejamos nós também, em todos os momentos, agentes desse equilíbrio.

domingo, 26 de setembro de 2010

Festa na Paróquia de Fátima

Hoje fui a um almoço beneficente, desses que só existem em cidades do interior, onde coisas como a amizade e os valores familiares são muito prezados.

Pode-se dizer que esses eventos são uma das tradições locais, que um guia local poderia apresentar aos turistas como curiosidade.

Fazia tempo que não ia a um desses, mas o de hoje foi uma oportunidade que tive de novamente sentir a amabilidade dos moradores do Bairro Fátima, em Vacaria.
São quase todos descendentes de imigrantes italianos, e talvez essa seja uma das principais causas da devoção mariana tão presente.
Pessoas simples, de bons hábitos e delicadeza no trato.
Hoje receberam para o almoço  comemorativo à novena da Padroeira mais de 300 pessoas, num ambiente calmo e cordial.
Saladas suavemente temperadas, torteis ricamente preparados e um galeto especialíssimo estavam no cardápio, aprovado por todos.
A simplicidade do ambiente, o acolhimento dos festeiros e o encontro com as pessoas da comunidade traz um lindo sentimento de pertencer a um lugar em que a vida não se reveste de preocupações distantes, mas é vivida de forma tranquila, um dia após o outro...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Just another day

Today it's raining.
Since yesterday it's raining. Guess what's the Supertramp's song for this...
But things can be good, although the bad weather.
We can think in all things that make us happy people: we can see, hear, walk, feel, eat... we are alive and healthy!

I'm so happy, although the rain!
I have an interesting job, that let me help a lot of poor people.
I have a family who loves me.
I think I have someone to love.

The rain is friendly!
Is nice,
Is calm,
...

See you next post!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Feriadão

Os brasileiros em geral gostam muito dos tais finais de semana prolongados. Eu também, como boa brasileira, adoro!
Porque nada como parar um pouco, ficar em casa, acordar sem pressa, ler o jornal...

Nem sempre viajar é preciso.
Às vezes, o melhor lugar é a casa da gente...

Até mais, amigos!

Museu da Inconfidência

Nunca fui muito fã de museus. Nunca tinha sido, até entrar no Museu da Inconfîdência em Ouro Preto.
Passei pouco tempo lá dentro, mas foi o suficiente para que pudesse ver o cuidado e esmero com que é tratada a história local.
Começando pelos artefatos utilizados no período colonial, como louças, vestimentas, armas...

Vi de perto o uniforme de um Bandeirante, e por alguns momentos refleti em como era a vida naqueles tempos de desbravamento.
Viajar por entre picadas abertas a facão, sem a menor ideia do que encontrar, e sem a menor possibilidade de algum conforto.

Lá também estão muitas obras do Aleijadinho, das quais pude chegar muito perto, percebendo a riqueza de detalhes de cada escultura:
os rostos de anjos são mimosos e doces, e olhar para eles traz enlevo à alma.

Mas há uma parte do Museu que não é bonita, apesar do valor histórico: aquela em que fica a madeira da forca de Tiradentes.
Energia péssima, sem que seja preciso explicar por quê.
Estive a menos de dez centímetros de distância dos autos do processo que culminou com o enforcamento do alferes.
Tentei ler, mas não consegui decifrar os manuscritos amarelados pelo tempo.

Ficou para mim a ideia de que somente se pode pensar em Justiça quando se assegura a igualdade de armas entre acusação e defesa.

Que bom viver agora e ser Defensora Pública!

Até mais, amigos.




sexta-feira, 10 de setembro de 2010

As iguarias

A gastronomia mineira se chama cozinha.
Tudo é muito simples e despretensioso, com ingredientes genuinamente brasileiros, como o feijão, couve, carne de porco, arroz branco e TORRESMO!!
Eu adoro torresmo, que lá chamam de pururuca.

Em Ouro Preto, conheci o melhor restaurante de todos: a Casa dos Contos.
Disseram-me que lá, em tempos antigos, funcionava uma senzala.
Acho que era mesmo, pois a largura das paredes e as grades nas janelas são bem típicas.

Tudo naquele restaurante é bom: o atendimento primoroso, por garçons altamente capacitados a atender a grande quantidade de clientes que vai lá.

A decoração e a apresentação dos pratos é uma riqueza!
As variedades são dispostas em dois bifês, compostos por pequenos caldeirões de ferro, que são aquecidos por uns fogareirinhos, mantendo a comida aquecida.

A sobremesa é composta por doces típicos de Minas, como vocês podem ver ao lado.
Doces de abóbora com abacaxi, de leite, goiabada cascão, e outras maravilhas...

Para finalizar, um delicioso cafezinho, servido no bule de prata da foto abaixo.

Uma graça!

Êta vidão bão, sô!!



O Casario de Ouro Preto

Até certo tempo atrás, eu gostava somente de casas antigas, e sonhava em comprar uma delas para restaurar e morar.

Mas depois de enfrentar as agruras de uma reforma, mudei radicalmente de ideia, passando a achar que bom mesmo é morar em uma casa nova, onde não há problemas com canos de água feitos de ferro ou fios elétricos muito finos.

Mas confesso que, mesmo gostando de morar em prédio novo, ainda me encanto, e muito, com a aquitetura de época.

Como já falei no outro post, encantei-me com Ouro Preto, e também com o casario de lá.

As ruelas são estreitas e por ela não passam ônibus. Somente carros pequenos, moradores e turistas...

As antigas construções dão uma ideia do que foi a vida na Vila Rica do século VIII: muitas janelas, o que significava certamente famílias numerosas, muitos filhos, bailes e saraus...
Até porque não vi em Ouro Preto nada que se referisse ao lazer da época dos Barões do Café e nobres em geral. Por isto deduzo que a diversão eram os bailes.


As portas e janelas das casas são altas, fazendo imaginar o quão belo era o amanhecer na pequena eencantada cidade, emoldurada pelos montes de Minas...    
Imagino uma grande mesa de madeira, circundada por umas doze cadeiras e ornada por rica toalha branca bordada, sobre a qual repousam bolos de milho, pães de queijo, leite fresquinho e geléias feitas na véspera e café da mais rica qualidade...

O Sol da manhã entrando pelas grandes janelas e anunciando mais um dia feliz...








A religiosidade de Ouro Preto


Agora não me lembro mais o nome da Igreja...


Mas fui lá! E confesso que foi uma das maiores experiências religiosas de minha vida...

Não tenho nenhuma foto do interior da Igreja, porque não é permitido fotografar.
Mas em minha mente tudo o que vi lá está muito nítido, em altíssima resolução!
Quando entrei na Igreja, a única coisa que consegui falar foi: UAU!!!!!!
Fiquei literalmente de boca aberta diante de tanta suntuosidade: o altar-mor é todo revestido de ouro 18 quilates, e as paredes laterais também.
Eu não interpreto aquele ouro como ostentação da Igreja Católica, mas como sinal de muita devoção de quem pagou aquilo, que por certo não foi a Santa Sé, mas pessoas que viveram na Vila Rica da época da construção do templo. A esta altura, a história certa de quem pagou pouco me interessa.

Senti naquele templo uma profunda conexão com o Divino.

Era antevéspera de Rosh Hashaná, e segundo a Cabala, o Arcanjo Miguel é quem traz a misericórdia ao mundo. No Ano-Novo cabalístico há um momento muito especial em que o Arcanjo Miguel é invocado.
Quando olhei para o lado e vi a imagem de São Miguel, esculpida pelo Aleijadinho, senti que minhas orações pela misericórdia ao mundo e a mim mesma tinham sido atendidas.
Senti que meus olhos estavam marejados, e então me ajoelhei aos pés de Miguel, em oração profunda...

Eu ouvia ao longe as explicações do guia, sabia que havia outras pessoas lá, mas nada me importava...
O que importava era a fé, o amor, a caridade, a saúde que Deus me deu e que me permitiu chegar até lá e ver tantas maravilhas.
Milagres e maravilhas....

Eu nunca esquecerei aquele momento mágico de encontro com Deus...

Obrigada, Salete, por ter me proporcionado a oportunidade de ir até lá!





As grutas de Minas Gerais

Olá amigos do blog.
Continuando a falar sobre Minas Gerais, hoje vou contar sobre as grutas que visitei.
Quando eu era adolescente, sonhava em ser bióloga. Então cursei licenciatura em Ciências Naturais, em Lages, SC.
Lá, tive um professor de Geologia chamado Armandão. Ele era do tipo bonachão, simples e um pouco gordinho, mas dominava como ninguém o assunto que ensinava.
Foi lá que ouvi falar pela primeira vez em estalactites e estalagmites.
Amei a matéria, embora tivesse apenas uma vaga ideia do que realmente fosse estar em uma caverna de verdade.
Sonhava em conhecer as tais formações de rochas calcárias que enfeitavam meu caderno em forma de desenhos ricamente pintados com lápis de cor...
Pois bem, o tempo passou, eu não me tornei bióloga, mas fui lá e vi as grutas.
A primeira foi a do Maquiné.
Uma maravilha da Natureza, onde mais uma vez tive provas incontestáveis de que Deus existe...

A gruta foi "descoberta" por Peter Lund, um estangeiro (parece-me que era dinamarquês) que veio ao Brasil em busca de tratamento de saúde. Segundo a guia que nos orientou no passeio, tal cientista é considerado o "Pai da Paleontologia do Brasil", e encontrou fósseis em Maquiné. Levou todos para seu país, onde estão em exposição em museus.


Entrando na Gruta...



Maquiné é uma gruta que possui sete salões, e mais ou menos 600m de extensão linear.
Registrei algumas das formações rochosas que mais me impressionaram.


Visitei também a Gruta Rei do Mato, que é mais profunda do que a de Maquiné, e um pouco mais curta a extensão. Porém é mais profunda. Para conhecê-la, desce-se 132 degraus feitos em aço, com corrimões muito seguros para que todos os visitantes possam se apreciar as riquezas naturais.

Vejam algumas das fotos:


Acima, duas colunas (primeira foto acima e esta pequena aqui). Colunas são formadas pelo encontro de uma estalactite e uma estalacmite. Raro de ocorrer. Leva milhões de anos para ficar assim...

No canto direito, acima, podemos ver formações semelhantes a um órgão de tubos. Infelizmente, vândalos furtaram as pontas de algumas tites, por suporem que se tratava de pedras com valor comercial. Porém, tais pedras somente brilham no interior da gruta, e não são feitas de diamantes...

Volto com outros posts sobre outras belezas de Minas..
Bjs a todos.

domingo, 5 de setembro de 2010

Minas Gerais, uai!

A calma dos mineiros sempre foi cantada em verso e prosa e basta andar por Minas Gerais para ver e sentir que os ares lá são realmente tranquilos e tudo é muito organizado.
Começa pelas rodovias: as por que passei são de primeiro mundo, com belas paisagens, onde se vê pés de café, morros, campos e árvores na mais perfeita ordem, como se alguém tivesse passado por ali antes, só pra deixar tudo arrumadinho...
Vê-se cerquinhas pintadas de branco, casinhas lindas às margens da estrada...
Há grandes paradouros para os viajantes, com riqueza de variedades de pães, queijos (!), cafés, sucos, frutas, e ótimas opções para paladares apurados...
E os pedágios são dos mais baratos que vi na vida!!!! Coisa de um real, um e pouquinho! Pasmem irmãos gaúchos, que pagam mais de seis pilas pra passar a cancela!!
E olha, a tal de Autopista Fernão Dias é um exemplo para qualquer outro Estado da federação: pistas duplas, sem buracos, excelente sinalização!
Eu dirigiria sem qualquer dúvida por aqui...
Este texto está cheio de reticências, mas é que este é o estado de espírito de quem vem a Minas Gerais: do mais absoluto descanso e paz.
As pessoas são calmas, educadas, e o trânsito flui bem.
Tem uma Rua do Amendoim, feita numa ladeira sobre uma jazida de manganês.
Nela, você pode deixar seu carro desligado que ele sobe sozinho, tamanho é o magnetismo!
Conexão total com a energia da Terra!

Bem, amigos do blog: voltarei amanhã para contar mais um pouco!

Até lá e ótimo final de domingo a todos!




domingo, 29 de agosto de 2010

Flores de inverno


Ainda é inverno, mas as flores já começaram a aparecer e os passarinhos já estão voltando a cantar.
Graças a Deus!
Para quem mora nos Campos de Cima da Serra, qualquer corzinha que a natureza traga é motivo de felicidade, depois dos meses frios de inverno e da paisagem cinzenta que a estação traz.
Agora até pode ser que ainda tenha alguma geada, mas as cores estão se sobressaindo com uma vivacidade inacreditável...

Vou lá por as pilhas da máquina pra carregar e logo voltarei com as fotos das primeiras flores...

Até mais, amigos.

Em que você está pensando agora?

Nunca antes tinha ido a um comício.
Sabia que existiam, via pela televisão, ouvia falar, mas nunca me arrisquei.
A imagem dos políticos em geral não é das melhores, e eu não queria nem ouvir falar.
Mas de tanto me dizerem que a omissão e o fechar-os-olhos e o voto nulo são coisas mais prejudiciais à sociedade do que os próprios políticos corruptos, fui lá. Dei um espaço para a adolescente idealista que fui e paguei pra ver.
Fui como observadora. Do acontecimento, das reações das pessoas e de minhas próprias.
Percebi que a maioria das pessoas se sente tocada em seu lado emocional pelas coisas que ouvem.
Aí reside a responsabilidade do candidato.
Cada um é responsável pelo que fala, porque cada palavra tem consequências que não temos como mensurar na hora.
A verdade é sempre esperada e cada um que se apresenta como ético, verdadeiro e responsável, tem na mesma hora a aprovação dos ouvintes.
Penso que seja porque o povo brasileiro,no geral, é muito honesto, e tem a tendência natural de esperar honestidade de seus interlocutores.

Se estão dizendo a verdade, o tempo dirá.
Mas o importante é que exerçamos o voto com consciência, tentando limitar ao máximo a entrada de maus políticos em cargos cujas atribuições exercerão influência direta em nossas vidas.

Lembrem-se: não é verdadeira a premissa de que "entre quem entrar, para mim nada mudará!"

Tudo repercute na vida de todos.

Pensem nisto antes de votar.

Até mais, amigos do blog.

Uma ótima semana.



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vaidade sim, por que não?

Olá amigos do blog!
Este é um espaço onde escrevo sobre minhas impressões, e por isto hoje resolvi compartilhar com vocês algo que sempre me chamou muito a atenção: a vaidade feminina.
Tenho um arsenal de cremes, xampus, loções e cosméticos, muito embora pouco use alguns deles.
Amo maquiagem, sou leitora assídua da In Style, e sempre me chama a ateção o modo como as pessoas se vestem, se maquiam, que tipo de cabelo usam, essas coisas.
Não vejo a vaidade como algo negativo, ou como um supervalor que se sobreponha a outras coisas ditas mais importantes na vida.
Porém, acho imprescindível o cuidado pessoal, e sinceramente não entendo as mulheres que não se cuidam.
Cuidar-se, para mim, significa respeitar-se.
Cuidar da pele, ter um cabelo limpinho e tratado, vestir-se de forma simples, mas esmerada, são coisas que traduzem o amor-próprio.

A saúde emocional passa por este caminho...



Até mais, amigos!




quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Férias em Mato Grosso

Passei minhas férias de inverno no Mato Grosso. E a ideia que eu tinha de que fosse um lugar de calor insuportável foi um pouco modificada.
Claro, não posso dizer que lá seja um lugar de clima temperado, mas ao menos nos dias em que lá estive, pude perceber que é possível sentir-se bem.
Os dias foram amenos, e em apenas dois tivemos temperaturas altas, de 38 graus. A umidade do ar esteve muito baixa, ao ponto de, no último dia de minha estada, alcançar 13%!
Eu que não gosto das tais loções hidratantes para o corpo, fiquei feliz de ter levado um tubinho em minha (pequena!) bagagem de 25 kg...
O clima seco não chega a provocar mal-estar, mas faz com que precisemos ter maior atenção, adotando cuidados especiais, como deixar vasilhas com água no quarto à noite ou deixar ligado um aparelho umidificador de ar (em Vacaria costuma-se ligar o desumidificador!!!).

Bem, em breve voltarei com mais novidades do Mato Grosso...
Até breve, amigos do blog.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A ciência e o entendimento

     Em priscas eras, o homem acreditava que enchentes, secas, erupções vulcânicas e desastres naturais em geral eram provocados pela ira divina. Era uma forma simples de explicar aquilo que não entendia, dada sua condição pré-científica.
    Mais tarde, sua própria evolução permitiu que, mesmo acreditando no divino, compreendesse melhor os fenômenos da natureza e a eles pudesse dar explicações.
     A tendência à busca do mito como forma de justificar situações cuja causa foge à esfera de conhecimento até então existente em determinado grupo é antológica. Exemplo disto é o que recentemente vimos, quando pessoas saíram em defesa de adolescentes que, aos domingos, sob o argumento da diversão, reunem-se em Porto Alegre para, em estados artificialmente alterados de ânimo, dar vazão a emoções das mais variadas, ignorando limites estabelecidos socialmente.     

        O assunto, como não poderia deixar de acontecer, chamou a atenção da maior parte da população, que estarrecida assistiu as imagens das “reuniões” pela TV. Desnecessário repetir-se aqui o que é feito pelos jovens nas proximidades de certo centro de comércio da Capital, pois os fatos se tornaram notórios.     
     
         Não se trata aqui de julgar condutas individuais ou coletivas. Mas não se pode ignorar as vozes que se ergueram ao redor do assunto, e sobre elas refletir.  
      De um lado, vimos vizinhos, transeuntes e comerciantes das cercanias do lugar escolhido para tais encontros dominicais expressarem sua indignação, diante das cenas protagonizadas pelos participantes das “festas”. Incomodados por serem obrigados a ver o consumo de drogas e a prática de atos obscenos diante de suas janelas, protestaram. 
     De outro, tentando explicar a conduta em questão, surgiu e foi defendida a hipótese de que as reações sociais aos atos dos adolescentes eram fundadas em mero preconceito contra os gays. Em outras palavras, por essa teoria, todos os que reclamaram deveriam aceitar o comportamento visivelmente contrário aos hábitos sociais, e em certos casos ao ordenamento jurídico, porque senão seriam tachados de intolerantes e preconceituosos contra os homossexuais. 
     Evidentemente, a indignação da sociedade diante do problema não é mero preconceito contra orientação sexual dos envolvidos. Acreditar que fosse isto seria admitir o mito como explicação simplista do fato. Porém, a questão requer análise muito mais aprofundada.  
  
     Atualmente, a sociedade brasileira vive momento em que o homossexual busca espaço maior de aceitação de sua escolha pessoal, encontrando apoio nos meios de comunicação. Vemos artistas famosos revelando publicamente sua preferência, por vezes causando espanto, mas raramente sendo rechaçados por isso. Possivelmente porque essas celebridades, embora assumam sua opção sexual, preservam sua intimidade. 

     Coexistem homos e heteros, sem maiores problemas, até onde sei, e o preconceito é invocado como forma de justificar condutas extremas, onde se tenta impor à sociedade um padrão de comportamento que foge às regras do bom convívio. Por vezes, temerosos de represálias, os ofendidos se calam. 
     Porém, as indagações que pairam sobre o Rio Grande do Sul saltam aos olhos: será a tolerância a solução? Será que, para evitar-se a pecha do preconceito, será melhor silenciar e deixar o barco correr? Que tipo de base familiar temos hoje em nossa sociedade? O que esperar do futuro? 
     Por certo a omissão, neste caso, não será benéfica e terá reflexos no futuro. O conflito social posto somente poderá ser resolvido por meio de ações eficazes, empreendidas pelos detentores da atribuição legal para tanto. 
    Vamos aguardar os próximos capítulos.





Rosas são lindas!
Lembram amor, alegria, bom-gosto...
Essas da foto são da http://www.annaelipe.blogspot.com/ . Achei maravilhosas!

Bom feriado de chuva a todos!

domingo, 18 de abril de 2010

Rotary Comunitário no Bairro Santa Cruz em Vacaria

 No último sábado,dia 17 de junho, o Rotary Club Vacaria realizou mais uma edição do Rotary Comunitário. O local que sediou a ação foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Inácio Pires, situada no Bairro Santa Cruz, em Vacaria.
 Na foto, os companheiros rotarianos que promoveram e executaram o evento; além da direção da Escola e de colaboradores.




A Defensoria Pública do Estado também esteve presente.  Como vocês sabem, sou Defensora Pública e também rotariana. Estive presente divulgando o projeto de orientação às mulheres sobre a Lei Maria da Penha. Entreguei às visitantes cartilhas explicativas sobre os direitos das mulheres vítimas de violência doméstica. Foi uma experiência muito gratificante!



A feira de roupas foi um sucesso! Casa cheia o dia todo! 

Julie & Julia

         
         Ontem assisti um filme muito comentado, inclusive indicado ao Oscar, se não me engano. É que não sou exatamente o que se pode chamar de cinéfila, então essas informações às vezes me passam despercebidas.

          Julie & Julia. Conta as histórias de vida de duas mulheres apaixonadas pela cozinha.

         Uma delas, Julia, casou-se nos anos 40 com um diplomata americano. Foram morar em Paris. Para não ficar somente em casa, ela entra em uma escola de culinária onde é a única aluna mulher, pois lá usualmente homens eram os "chefs".

          A outra, Julie, que vive no século XXI, é uma funcionária de escritório que não gosta de seu trabalho, e que vê na cozinha um refúgio para seu dia-a-dia enfadonho. Julia é seu ídolo.

          Elas não chegam a se conhecer, e a admiração de Julie por Julia não é correspondida.

          Mas fica do filme uma lição, uma mensagem bastante perturbadora: vivemos dias em que a mulher passa pouco, muito pouco de seu tempo na cozinha, chegando a extremos, como o da ideia corrente de que a cozinha é sinônimo de retrocesso e que o bom mesmo é trabalhar fora de casa.

          Até é. Porém, também neste assunto é preciso buscar o equilíbrio. Precisamos trabalhar fora, sim, mas nem por isso precisamos desenvolver alergia às panelas!

           Hoje tive meu momento Julia Child: preparei uma deliciosa lasanha de berinjela e abobrinha, com uma receita que achei na Zero Hora de sexta. Desde ontem comecei o preparo, quando fui até a fruteira comprar os tomates para o molho, escolhendo um a um os mais tenros. As cebolas, legumes e temperos... 

          As ervas aromáticas tenho em casa, e da lavoura tirei o manjericão e o louro para dar um toque especial ao maravilhoso prato que preparei.

          Cozinhar é mesmo uma arte muito próxima da alquimia, pois permite que coloquemos amor no que fazemos, para que as pessoas de nossa família e de nosso convívio próximo tenham um pouco do que há de melhor em nós: o carinho, o amor e a dedicação.

        A foto vou ficar devendo hoje, mas na próxima vez prometo que não vou esquecer de por para carregar as pilhas da máquina...

         Um abraço a todos os amigos do blog e bom Domingo!

         




segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ares outonais


    Nem chegaram ainda as manhãs de maio e já veio o friozinho aquele de pensar "ah... só mais cinco minutinhos..."
    O verão nem bem acabou, mas já parece que faz tanto tempo que a gente sentia calor...
   Esta é a Vacaria!
   Ventinho calmo e gelado, café quentinho, pinhão assado, fogo crepitando no fogão a lenha...
    Como é bom morar neste lugar!
    Boa semana a todos!


         
         


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil: Homenagem a Hans Christian Andersen

         

          Por um mero acaso hoje fui procurar um assunto qualquer no Google e vi que havia uma gravura infantil sobre o logo. Interessei-me em saber do que se tratava, e com grata surpresa percebi que era uma alusão aos contos de fadas criados pelo dinamarquês Hans Cristian Andersen, cuja obra se constitui em inestimável patrimônio da humanidade.

          Resolvi então pesquisar um pouco sobre a vida desse escritor que foi um de meus favoritos na infância, e descobri que viveu seus primeiros anos em situação de extrema pobreza, filho de pai sapateiro e mãe lavadeira, cuja casa era composta de apenas um cômodo.

          Mas a miséria material não foi obstáculo suficiente para impedir o florescimento da genialidade de Hans, que sempre foi incentivado pelo pai às letras. Bem verdade que ficou órfão muito cedo. Porém, encontrou outras pessoas pela vida afora, que lhe deram as condições de que precisou para se tornar quem foi - ou quem é (difícil encaixar um tempo verbal para quem se torna imortal pela obra que deixa...).

          Os contos de Hans Christian Andersen, mais do que a beleza e a magia que evocam em quem os lê, trazem à humanidade a chance de refletir sobre as condições sociais em que vive, deixando uma linda mensagem de busca da igualdade social.

          Ao ler as linhas de "A Pequena Vendedora de Fósforos", ainda em criança aprendi a agradecer pelas roupas quentinhas, pela casa aquecida e pela comida saborosa nos invernos de Vacaria, lembrando-me sempre das crianças que nada tinham, pedindo a Deus que lhes amenizasse os sofrimentos.

        Neste dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil, além de homenagear ao brilhante escritor Andersen, rendo um devotado agradecimento a uma de minhas tias, talvez a mais especial, que em minha infância sempre me presenteava com livros, entre os quais aquele em que li o conto que citei acima.

          O mundo precisa de pessoas assim, que escrevam para crianças e que tragam os livros para elas...

Leia mais sobre o assunto em: HANS CHRISTIAN ANDERSEN. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2010. Disponível em: . Acesso em: 2 abr. 2010.