domingo, 26 de setembro de 2010

Festa na Paróquia de Fátima

Hoje fui a um almoço beneficente, desses que só existem em cidades do interior, onde coisas como a amizade e os valores familiares são muito prezados.

Pode-se dizer que esses eventos são uma das tradições locais, que um guia local poderia apresentar aos turistas como curiosidade.

Fazia tempo que não ia a um desses, mas o de hoje foi uma oportunidade que tive de novamente sentir a amabilidade dos moradores do Bairro Fátima, em Vacaria.
São quase todos descendentes de imigrantes italianos, e talvez essa seja uma das principais causas da devoção mariana tão presente.
Pessoas simples, de bons hábitos e delicadeza no trato.
Hoje receberam para o almoço  comemorativo à novena da Padroeira mais de 300 pessoas, num ambiente calmo e cordial.
Saladas suavemente temperadas, torteis ricamente preparados e um galeto especialíssimo estavam no cardápio, aprovado por todos.
A simplicidade do ambiente, o acolhimento dos festeiros e o encontro com as pessoas da comunidade traz um lindo sentimento de pertencer a um lugar em que a vida não se reveste de preocupações distantes, mas é vivida de forma tranquila, um dia após o outro...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Just another day

Today it's raining.
Since yesterday it's raining. Guess what's the Supertramp's song for this...
But things can be good, although the bad weather.
We can think in all things that make us happy people: we can see, hear, walk, feel, eat... we are alive and healthy!

I'm so happy, although the rain!
I have an interesting job, that let me help a lot of poor people.
I have a family who loves me.
I think I have someone to love.

The rain is friendly!
Is nice,
Is calm,
...

See you next post!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Feriadão

Os brasileiros em geral gostam muito dos tais finais de semana prolongados. Eu também, como boa brasileira, adoro!
Porque nada como parar um pouco, ficar em casa, acordar sem pressa, ler o jornal...

Nem sempre viajar é preciso.
Às vezes, o melhor lugar é a casa da gente...

Até mais, amigos!

Museu da Inconfidência

Nunca fui muito fã de museus. Nunca tinha sido, até entrar no Museu da Inconfîdência em Ouro Preto.
Passei pouco tempo lá dentro, mas foi o suficiente para que pudesse ver o cuidado e esmero com que é tratada a história local.
Começando pelos artefatos utilizados no período colonial, como louças, vestimentas, armas...

Vi de perto o uniforme de um Bandeirante, e por alguns momentos refleti em como era a vida naqueles tempos de desbravamento.
Viajar por entre picadas abertas a facão, sem a menor ideia do que encontrar, e sem a menor possibilidade de algum conforto.

Lá também estão muitas obras do Aleijadinho, das quais pude chegar muito perto, percebendo a riqueza de detalhes de cada escultura:
os rostos de anjos são mimosos e doces, e olhar para eles traz enlevo à alma.

Mas há uma parte do Museu que não é bonita, apesar do valor histórico: aquela em que fica a madeira da forca de Tiradentes.
Energia péssima, sem que seja preciso explicar por quê.
Estive a menos de dez centímetros de distância dos autos do processo que culminou com o enforcamento do alferes.
Tentei ler, mas não consegui decifrar os manuscritos amarelados pelo tempo.

Ficou para mim a ideia de que somente se pode pensar em Justiça quando se assegura a igualdade de armas entre acusação e defesa.

Que bom viver agora e ser Defensora Pública!

Até mais, amigos.




sexta-feira, 10 de setembro de 2010

As iguarias

A gastronomia mineira se chama cozinha.
Tudo é muito simples e despretensioso, com ingredientes genuinamente brasileiros, como o feijão, couve, carne de porco, arroz branco e TORRESMO!!
Eu adoro torresmo, que lá chamam de pururuca.

Em Ouro Preto, conheci o melhor restaurante de todos: a Casa dos Contos.
Disseram-me que lá, em tempos antigos, funcionava uma senzala.
Acho que era mesmo, pois a largura das paredes e as grades nas janelas são bem típicas.

Tudo naquele restaurante é bom: o atendimento primoroso, por garçons altamente capacitados a atender a grande quantidade de clientes que vai lá.

A decoração e a apresentação dos pratos é uma riqueza!
As variedades são dispostas em dois bifês, compostos por pequenos caldeirões de ferro, que são aquecidos por uns fogareirinhos, mantendo a comida aquecida.

A sobremesa é composta por doces típicos de Minas, como vocês podem ver ao lado.
Doces de abóbora com abacaxi, de leite, goiabada cascão, e outras maravilhas...

Para finalizar, um delicioso cafezinho, servido no bule de prata da foto abaixo.

Uma graça!

Êta vidão bão, sô!!



O Casario de Ouro Preto

Até certo tempo atrás, eu gostava somente de casas antigas, e sonhava em comprar uma delas para restaurar e morar.

Mas depois de enfrentar as agruras de uma reforma, mudei radicalmente de ideia, passando a achar que bom mesmo é morar em uma casa nova, onde não há problemas com canos de água feitos de ferro ou fios elétricos muito finos.

Mas confesso que, mesmo gostando de morar em prédio novo, ainda me encanto, e muito, com a aquitetura de época.

Como já falei no outro post, encantei-me com Ouro Preto, e também com o casario de lá.

As ruelas são estreitas e por ela não passam ônibus. Somente carros pequenos, moradores e turistas...

As antigas construções dão uma ideia do que foi a vida na Vila Rica do século VIII: muitas janelas, o que significava certamente famílias numerosas, muitos filhos, bailes e saraus...
Até porque não vi em Ouro Preto nada que se referisse ao lazer da época dos Barões do Café e nobres em geral. Por isto deduzo que a diversão eram os bailes.


As portas e janelas das casas são altas, fazendo imaginar o quão belo era o amanhecer na pequena eencantada cidade, emoldurada pelos montes de Minas...    
Imagino uma grande mesa de madeira, circundada por umas doze cadeiras e ornada por rica toalha branca bordada, sobre a qual repousam bolos de milho, pães de queijo, leite fresquinho e geléias feitas na véspera e café da mais rica qualidade...

O Sol da manhã entrando pelas grandes janelas e anunciando mais um dia feliz...








A religiosidade de Ouro Preto


Agora não me lembro mais o nome da Igreja...


Mas fui lá! E confesso que foi uma das maiores experiências religiosas de minha vida...

Não tenho nenhuma foto do interior da Igreja, porque não é permitido fotografar.
Mas em minha mente tudo o que vi lá está muito nítido, em altíssima resolução!
Quando entrei na Igreja, a única coisa que consegui falar foi: UAU!!!!!!
Fiquei literalmente de boca aberta diante de tanta suntuosidade: o altar-mor é todo revestido de ouro 18 quilates, e as paredes laterais também.
Eu não interpreto aquele ouro como ostentação da Igreja Católica, mas como sinal de muita devoção de quem pagou aquilo, que por certo não foi a Santa Sé, mas pessoas que viveram na Vila Rica da época da construção do templo. A esta altura, a história certa de quem pagou pouco me interessa.

Senti naquele templo uma profunda conexão com o Divino.

Era antevéspera de Rosh Hashaná, e segundo a Cabala, o Arcanjo Miguel é quem traz a misericórdia ao mundo. No Ano-Novo cabalístico há um momento muito especial em que o Arcanjo Miguel é invocado.
Quando olhei para o lado e vi a imagem de São Miguel, esculpida pelo Aleijadinho, senti que minhas orações pela misericórdia ao mundo e a mim mesma tinham sido atendidas.
Senti que meus olhos estavam marejados, e então me ajoelhei aos pés de Miguel, em oração profunda...

Eu ouvia ao longe as explicações do guia, sabia que havia outras pessoas lá, mas nada me importava...
O que importava era a fé, o amor, a caridade, a saúde que Deus me deu e que me permitiu chegar até lá e ver tantas maravilhas.
Milagres e maravilhas....

Eu nunca esquecerei aquele momento mágico de encontro com Deus...

Obrigada, Salete, por ter me proporcionado a oportunidade de ir até lá!





As grutas de Minas Gerais

Olá amigos do blog.
Continuando a falar sobre Minas Gerais, hoje vou contar sobre as grutas que visitei.
Quando eu era adolescente, sonhava em ser bióloga. Então cursei licenciatura em Ciências Naturais, em Lages, SC.
Lá, tive um professor de Geologia chamado Armandão. Ele era do tipo bonachão, simples e um pouco gordinho, mas dominava como ninguém o assunto que ensinava.
Foi lá que ouvi falar pela primeira vez em estalactites e estalagmites.
Amei a matéria, embora tivesse apenas uma vaga ideia do que realmente fosse estar em uma caverna de verdade.
Sonhava em conhecer as tais formações de rochas calcárias que enfeitavam meu caderno em forma de desenhos ricamente pintados com lápis de cor...
Pois bem, o tempo passou, eu não me tornei bióloga, mas fui lá e vi as grutas.
A primeira foi a do Maquiné.
Uma maravilha da Natureza, onde mais uma vez tive provas incontestáveis de que Deus existe...

A gruta foi "descoberta" por Peter Lund, um estangeiro (parece-me que era dinamarquês) que veio ao Brasil em busca de tratamento de saúde. Segundo a guia que nos orientou no passeio, tal cientista é considerado o "Pai da Paleontologia do Brasil", e encontrou fósseis em Maquiné. Levou todos para seu país, onde estão em exposição em museus.


Entrando na Gruta...



Maquiné é uma gruta que possui sete salões, e mais ou menos 600m de extensão linear.
Registrei algumas das formações rochosas que mais me impressionaram.


Visitei também a Gruta Rei do Mato, que é mais profunda do que a de Maquiné, e um pouco mais curta a extensão. Porém é mais profunda. Para conhecê-la, desce-se 132 degraus feitos em aço, com corrimões muito seguros para que todos os visitantes possam se apreciar as riquezas naturais.

Vejam algumas das fotos:


Acima, duas colunas (primeira foto acima e esta pequena aqui). Colunas são formadas pelo encontro de uma estalactite e uma estalacmite. Raro de ocorrer. Leva milhões de anos para ficar assim...

No canto direito, acima, podemos ver formações semelhantes a um órgão de tubos. Infelizmente, vândalos furtaram as pontas de algumas tites, por suporem que se tratava de pedras com valor comercial. Porém, tais pedras somente brilham no interior da gruta, e não são feitas de diamantes...

Volto com outros posts sobre outras belezas de Minas..
Bjs a todos.

domingo, 5 de setembro de 2010

Minas Gerais, uai!

A calma dos mineiros sempre foi cantada em verso e prosa e basta andar por Minas Gerais para ver e sentir que os ares lá são realmente tranquilos e tudo é muito organizado.
Começa pelas rodovias: as por que passei são de primeiro mundo, com belas paisagens, onde se vê pés de café, morros, campos e árvores na mais perfeita ordem, como se alguém tivesse passado por ali antes, só pra deixar tudo arrumadinho...
Vê-se cerquinhas pintadas de branco, casinhas lindas às margens da estrada...
Há grandes paradouros para os viajantes, com riqueza de variedades de pães, queijos (!), cafés, sucos, frutas, e ótimas opções para paladares apurados...
E os pedágios são dos mais baratos que vi na vida!!!! Coisa de um real, um e pouquinho! Pasmem irmãos gaúchos, que pagam mais de seis pilas pra passar a cancela!!
E olha, a tal de Autopista Fernão Dias é um exemplo para qualquer outro Estado da federação: pistas duplas, sem buracos, excelente sinalização!
Eu dirigiria sem qualquer dúvida por aqui...
Este texto está cheio de reticências, mas é que este é o estado de espírito de quem vem a Minas Gerais: do mais absoluto descanso e paz.
As pessoas são calmas, educadas, e o trânsito flui bem.
Tem uma Rua do Amendoim, feita numa ladeira sobre uma jazida de manganês.
Nela, você pode deixar seu carro desligado que ele sobe sozinho, tamanho é o magnetismo!
Conexão total com a energia da Terra!

Bem, amigos do blog: voltarei amanhã para contar mais um pouco!

Até lá e ótimo final de domingo a todos!