Nunca fui muito fã de museus. Nunca tinha sido, até entrar no Museu da Inconfîdência em Ouro Preto.
Passei pouco tempo lá dentro, mas foi o suficiente para que pudesse ver o cuidado e esmero com que é tratada a história local.
Começando pelos artefatos utilizados no período colonial, como louças, vestimentas, armas...
Vi de perto o uniforme de um Bandeirante, e por alguns momentos refleti em como era a vida naqueles tempos de desbravamento.
Viajar por entre picadas abertas a facão, sem a menor ideia do que encontrar, e sem a menor possibilidade de algum conforto.
Lá também estão muitas obras do Aleijadinho, das quais pude chegar muito perto, percebendo a riqueza de detalhes de cada escultura:
os rostos de anjos são mimosos e doces, e olhar para eles traz enlevo à alma.
Mas há uma parte do Museu que não é bonita, apesar do valor histórico: aquela em que fica a madeira da forca de Tiradentes.
Energia péssima, sem que seja preciso explicar por quê.
Estive a menos de dez centímetros de distância dos autos do processo que culminou com o enforcamento do alferes.
Tentei ler, mas não consegui decifrar os manuscritos amarelados pelo tempo.
Ficou para mim a ideia de que somente se pode pensar em Justiça quando se assegura a igualdade de armas entre acusação e defesa.
Que bom viver agora e ser Defensora Pública!
Até mais, amigos.
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