segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Museu da Inconfidência

Nunca fui muito fã de museus. Nunca tinha sido, até entrar no Museu da Inconfîdência em Ouro Preto.
Passei pouco tempo lá dentro, mas foi o suficiente para que pudesse ver o cuidado e esmero com que é tratada a história local.
Começando pelos artefatos utilizados no período colonial, como louças, vestimentas, armas...

Vi de perto o uniforme de um Bandeirante, e por alguns momentos refleti em como era a vida naqueles tempos de desbravamento.
Viajar por entre picadas abertas a facão, sem a menor ideia do que encontrar, e sem a menor possibilidade de algum conforto.

Lá também estão muitas obras do Aleijadinho, das quais pude chegar muito perto, percebendo a riqueza de detalhes de cada escultura:
os rostos de anjos são mimosos e doces, e olhar para eles traz enlevo à alma.

Mas há uma parte do Museu que não é bonita, apesar do valor histórico: aquela em que fica a madeira da forca de Tiradentes.
Energia péssima, sem que seja preciso explicar por quê.
Estive a menos de dez centímetros de distância dos autos do processo que culminou com o enforcamento do alferes.
Tentei ler, mas não consegui decifrar os manuscritos amarelados pelo tempo.

Ficou para mim a ideia de que somente se pode pensar em Justiça quando se assegura a igualdade de armas entre acusação e defesa.

Que bom viver agora e ser Defensora Pública!

Até mais, amigos.




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