domingo, 12 de junho de 2011

Parla!

Hoje tive o privilégio de assistir um documentário sobre a vida de Michelangelo.
O enfoque foi interessantíssimo, porque voltado para o emocional do artista. Ariano, nascido em março de 1475, teve na competitividade um dos traços mais marcantes de sua personalidade. Sentia a necessidade de suplantar seus rivais, nada menos do que Rafael e Leonardo da Vinci. Esse foi seu móvel, o que lhe deu impulso.
A pintura, a arquitetura e a escultura foram sua vida e o tornaram homem de grandes posses. Nada estranhamente para um gênio, escolheu viver na pobreza e na absoluta falta de conforto. Bastava-lhe a arte, que o eternizou.
Nem o amor humano lhe fez falta e há poucas evidências de que tenha amado uma pessoa.
Muitas perguntas ficam, sem que se saiba como naquele tempo de tantas dificuldades foi capaz de extrair mármore da montanha e dar-lhe vida, de forma tão intensa. De onde veio a capacidade de misturar corantes naturais e materiais sem qualquer refinamento e transformá-los na mais sublime das obras eu sei. Pessoas como o Divino às vezes passam pela Terra. Ainda bem.