segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Não faltava mais nada

Que os nobres da Idade Média eram muito menos asseados que os índios brasileiros pré-"descobrimento", todo o mundo sabe. Mas o que ninguém esperava, pelo menos eu não, nesses tempos de aumento progressivo de população mundial e vertiginoso desenvolvimento científico e tecnológico, era que alguém fosse levar a sério essa história de que enforcar o banho diário vai salvar o planeta da absoluta falta de água.

Eu, que sou totalmente avessa a reações intempestivas e me esforço bastante para as controlar, desta vez não me aguentei.

Defendo ferrenhamente a economia de água, principalmente no verão, quando parece que as donas de casa e os donos de carros são acometidos de uma síndrome de limpeza crônica, que inclui varrer as calçadas com água todos os dias e os carros nem se fala.

Andava até pensando em escrever sobre o consumo equilibrado. Não mudei de ideia, mas a ela necessariamente devo agregar minha indignação com  o exagero da história do enforcamento do banho.

Primeiro porque sou contra qualquer tipo de enforcamento. Segundo, porque não vejo motivos para que as pessoas andem por aí fedendo para salvar o Planeta, porque esse ou aquele fulano da Inglaterra pré-iluminista fazia assim. Terceiro, porque não sei se é o Planeta que corre o risco real da sede ou alguém aí está querendo levar a nossa água, e o que é pior, o banho nosso de cada dia.

Parece que a resposta a tantos absurdos é sempre a mesma. Equilíbrio. Radicalismo não soluciona nada e se todos usarem de modo racional, todos teremos e não vai ser preciso enforcar o banho nem usar xampu seco.

Um bom feriado a todos os amigos do blog.

2 comentários:

Bípede Falante disse...

Regina, assino embaixo, que essa história já está passando dos limites da civilização!!
beijo

Regina Célia Rizzon Borges disse...

É, Bípede...Uma barbaridade! Bjs.