sexta-feira, 2 de abril de 2010

Feliz Páscoa a todos!

          Mas afinal, o que é a espiritualidade? O que é desenvolvimento espiritual? Quando podemos dizer que uma pessoa é espiritualizada?

          Realmente penso que o desenvolvimento espiritual não é algo que possamos adquirir simplesmente com a leitura de um livro de autoajuda, ou com um ritual específico, ou com a frequência a determinado tipo de culto. Longe disso.

          Trata-se de um longo caminho, uma verdadeira opção de vida - ou de uma opção na vida, já que tudo na vida são escolhas e temos o livre-arbítrio.

          Ao meu ver, quando uma pessoa resolve trazer a espiritualidade para sua vida diária tem uma feliz ideia, e os benefícios que pode obter são vários, valendo à pena destacar que a qualidade de vida passa a ser outra. Isto porque a visão de mundo acaba mudando para melhor, pois se passa a ter mais consciência de si próprio e do outro, de uma forma mais serena e menos egoísta.


          Muitos confundem espiritualidade com religião, e por isso não a desenvolvem.


          Evidentemente, uma religião trará suporte e engajamento, na medida em que a pessoa poderá participar de orações em grupos, que em última análise servem também para ampliar a rede social de cada um.


          Não é feio, tampouco condenável, ter e seguir uma religião. Eu sou católica e tenho a dizer que me faz muito bem participar de missas, embora discorde de algumas posições adotadas pelo Vaticano. Mas isso não vem ao caso, e o que importa mesmo é a mensagem de amor trazida por Jesus Cristo, e como aplicamos esses ensinamentos.


          A religião não se exaure em si mesma, e o fundamentalismo traz o risco do fanatismo. Por isso penso que devemos estar abertos a aprender sempre, mesmo que eventualmente não venha de nossa religião de origem a mensagem de que precisamos.


          É necessário ouvir (às vezes temos que aprender a fazer isto, porque falar é sempre mais atraente para o ego), filtrar, refletir, e mudar o que tem que ser mudado.


          Sempre há o que mudar em nossas vidas: um hábito não muito bom, como o de não praticar esportes; uma tendência, como a necessidade de aprovação; ou um traço como a baixa autoestima.


          Porém, como ensina brilhantemente o Padre alemão Anselm Grün, em sua obra "Imagens de Transformação", publicada no Brasil pela Editora Vozes, muitas vezes a mudança a fazer não é de grandes proporções, embora possamos achar o contrário.


          É uma das primeiras lições do desenvolvimento espiritual: a autoaceitação.


         Gostar de si próprio - ou melhor - amar-se, olhando com carinho para o que pode ser melhorado e propor-se a mudar, pedindo ajuda Superior, através da oração.


          Tudo isto para dizer que a Páscoa é época de renovação por excelência. Um tempo em que podemos nos valer dos simbolismos religiosos para empreendermos nossas próprias transformações pessoais, passando para uma nova fase na vida, onde as coisas sejam melhores do que agora, em todos os níveis em que pudermos nos aperfeiçoar ou em que precisarmos de inovações.

          Feliz Páscoa a todos!
          Com carinho,


          Regina.


         

        

         


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