quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Aviva-se no Rio Grande do Sul ferrenha discussão sobre a música tradicionalista. Num estado da federação tão rico em cultura, não admira.
De um lado, temos o urbano, criado longe dos cavalos e do campo. De outro, o oposto.
Não é de hoje que existem opiniões divergentes. A própria ciência explica que na natureza as forças existem aos pares. É lei da Física.
Porém, o sempre esperado é o equilíbrio entre as diferenças.
Ora, a música urbana tem seu espaço, assim como também o tem a nativa. A existência de uma não anula a da outra. Ambas têm sua beleza.
São públicos diferentes, ou o mesmo público em momentos diferentes.
Eu própria, que cresci ouvindo rock e sou fã incondicional do U-2 e do Aerosmith, rendo-me ao encanto e à poesia da música nativa do Rio Grande, e confesso que não poucas vezes fico admirada com a ternura e a suavidade das canções que ouço. Recentemente, no 28º Rodeio de Vacaria, passei horas esquecidas diante de um palco, absorta em total enlevo ouvindo canções que já existiam há muito tempo, mas que conheci há bem pouco...

O mundo precisa de todas as expressões de arte. Não fosse isso, elas sequer existiriam...

Sem qualquer dúvida, a mensagem de fundo na polêmica em questão é a da tolerância - a que temos ou a que precisamos trabalhar.



Nenhum comentário: